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Terapia Ocupacional e Oncologia

O Câncer ainda é uma doença com grande prevalência no mundo, porém, sabemos que os avanços da ciência apontam para terapêuticas inovadoras, garantindo o crescente aumento na sobrevida de crianças e adultos com doença oncológica.

A despeito disto, muitos desses pacientes vão sofrer danos psíquicos e/ou motores, entre outros, causados pela doença e/ou seus tratamentos. A abordagem assistencial em equipe multiprofissional é uma realidade nos centros oncológicos pelo mundo e, aqui em nosso país, garantida de certa forma pelo avanço nas políticas públicas e os princípios de equidade e igualdade do SUS. Sendo assim, é de suma importância que destaquemos a TERAPIA OCUPACIONAL (TO) nesse contexto, para que divulgando suas ações junto aos pacientes com câncer, tenhamos um maior reconhecimento dos profissionais da equipe de saúde na área e, consequentemente, da própria sociedade.

Hoje os terapeutas ocupacionais já têm como se apresentar aos serviços de oncologia, com formação pós acadêmica em áreas que certamente estão dentro da linha de cuidado do câncer no país – quais sejam, a especialidade na assistência terapêutica ocupacional ao paciente gravemente enfermo, hospitalizado, institucionalizado e até frente aos cuidados paliativos.

As ações da TO vão desde a recepção e acolhimento a pacientes diagnosticados, passando por várias intervenções consideradas como prevenção de agravos, ao incluir ações educativas ao paciente e cuidadores sobre exames, procedimentos e sobre o processo de tratamento. Incluem também todos os modelos de intervenção de reabilitação oncológica, chegando ao seguimento de longo prazo e cuidados paliativos.

Uma equipe oncológica não pode prescindir de um especialista que olhe e trate a rotina de vida alterada do paciente com câncer, que é evidenciada desde o diagnóstico. Este profissional reúne todos os conhecimentos e está treinado e apto a lidar com todos os componentes do desempenho ocupacional alterados nestes pacientes, estabelecendo intervenções realistas e significativas conforme a idade, a doença e o setting de atendimento de cada paciente.

Este é o trabalho da TERAPIA OCUPACIONAL, que vem sendo desenvolvido em vários hospitais de especialidade e unidades de oncologia em todo mundo: devolver a cada paciente sua condição de autonomia e independência para suas ocupações cotidianas, mesmo diante de perdas motoras, sensoriais e psíquicas do adoecimento.

O ganho percebido nas últimas décadas está nas evidencias relacionadas a alta precoce de unidades oncológicas de terapia intensiva considerando a abordagem da TO neste espaço, o retorno à vida ocupacional após o tratamento oncológico em fase aguda, o destaque nas ações paliativas; entre tantas outras evidencias que vêm sendo levantadas através da pesquisa cientifica.

Na década de 70, a celebre frase do radiologista Dr. Giulio DÀngio nos EUA, fez com que muitos oncologistas revissem seus protocolos na perspectiva de visar maior qualidade de vida e sobrevida em oncologia : “The cure is not enough”, ou a cura não é suficiente, se referia a amplitude do termo para além da cura biológica, quando ainda se cuidava obstinadamente do câncer a despeito das sequelas e comorbidades. O mundo mudou, a ciência caminhou, e eu tive uma oportunidade ímpar de escutar deste mesmo médico em 2008: “Vocês TOs, irão fazer a diferença na qualidade de vida dos pacientes com câncer!”

E é isto que estamos buscando fazer!

Walkyria de Almeida Santos
Terapeuta Ocupacional
Crefito3/734-TO
www.toncoped.com.br

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